Uma certa igreja estava precisando de pastor. Um dos diáconos escreveu a carta seguinte, como se a tivesse recebido de um candidato e leu-a perante o conselho da igreja:
"Senhores: Sabendo que o púlpito da igreja está vago, gostaria de candidatar-me ao cargo. Tenho muitas qualificações que, penso, irão apreciar. Tenhosido abençoado com poder na pregação, e tenho tido bastante sucesso como escritor. Alguns dizem que sou bom administrador.
Algumas pessoas contudo, têm algumas coisas contra mim. Tenho mais de cinquenta anos de idade. Nunca fiquei no mesmo lugar, tive que deixar a cidade porque a obra causou tumulto e distúrbios. Tenho que admitir que estive na cadeia três ou quatro vezes, mas não por más ações. Minha saúde não é muito boa, embora eu aindaconsiga trabalhar muito. Tenho exercido minha profissão para pagar as despesas. As igrejas e que tenho pregado são pequenas, embora localizadas em várias cidades grandes.
Eu não tenho tido muita comunhão com os líderes religiosos das diversas cidades onde tenho pregado. Para falar a verdade alguns deles me levaram às barras do tribunal, e me atacaram fisicamente de maneira violenta.
Eu não sou muito bom para manter arquivos de registros. Muitos sabem que até já esqueci quem foi que batizei. Todavia, se os senhores quiserem me aceitar eu me esforçarei ao máximo, mesmo que seja obrigado a trabalhar para ajudar no meu sustento".
Depois de ler esta carta diante do conselho, o diácono perguntou se os oficiais estavam interessados nesse candidato. Eles replicaram que ele jamais serviria para aquela igreja; eles não queriam um homem enfermo, contencioso, turbulento, um presidiário descabeçado. E ainda mais, a apresentação desse candidato era até um insulto para a igreja. Depois, perguntaram qual era o seu nome e receberam esta resposta: "O apóstolo Paulo".
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