Por Uilson Camilo
E ninguém toma para si essa honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão (Hb 5.4)
INTRODUÇÃO
No AT, Deus escolheu Arão para exercer o sacerdócio, e somente os descendentes deste poderiam ser sumos sacerdotes. O que eu aprendo e entendo com isso é que Deus escolhe e capacita os seus filhos para fazer sua santa obra, o que me chama atenção neste texto é que o escritor diz que ninguém pode tomar para si a honra de ministro (sacerdote), mas, somente os chamados por Deus “E ninguém toma para si está honra”, e é sobre isto que pretendo compartilhar com os leitores neste breve ensaio. Com base em uma palavra que ouvi de nosso pastor uns dias atrás quando falava da obrigação do obreiro de pregar a palavra genuína e de suas credenciais.
1 – Primeiramente entendamos, que o Senhor chama todos para salvação (Mt 11.28; Tt 2.11), então logo vemos que para com Deus não há acepção de pessoas, a salvação é para todos que ouvem sua palavra e o aceite como Senhor de vossas vidas, deixando apartir do instante da conversão que o Espírito de Deus guie e se mova em sua vida. Esta é uma experiência singular onde o Espírito do Senhor começa realizar uma grande obra de regeneração e santificação na vida do pecador arrependido. Então observamos que há um chamado universal para salvação “todos”.
2 – Chamados para fazer a Obra, com base em Atos capítulo 13.1-3, quero partilhar com os leitores que Deus dentre os fiéis de sua casa ele escolhe pessoas para um trabalho específico em sua obra. Observamos que na Igreja estavam ali alguns irmãos orando, mas o Espírito ordenou que separassem dentre estes dois irmãos, eles foram honrados por Deus ao serem escolhidos para esta tarefa sublime “para a obra que vos tenho chamado”. Aprendemos uma grande lição neste texto bíblico, pois quem chama ou escolhe alguém para a obra é Deus e isto Ele continua fazendo em nossos dias capacitando e separando homens para executar a sua soberana vontade aqui na Terra: Pregar o Evangelho. Saulo (Paulo) e Barnabé foram chamados para anunciar o evangelho de Cristo aos homens de sua época e é para este ofício que Deus continua a chamar, para pregar sua bendita Palavra.
3 – Homens de Deus, acompanhando a vida destes dois servos de Deus podemos dizer que eram dois homens de Deus, ou seja, homens compromissados com a palavra do Deus que os havia separado para o santo ministério, homens piedosos que se dedicavam em ajudar as pessoas e também homens de oração que tinham vida consagrada ao Senhor. Muitos cobiçam este título de homem de Deus, mas, se esquecem que o homem de Deus genuíno tem qualidades especiais que o destacam entre os outros, a humildade é uma das principais. José era um grande homem de Deus e as qualidades que ele dispunha faziam a diferença entre ele e seus irmãos fez a diferença na casa de Potifar, no cárcere e também quando governou o Egito. Podemos também dar o exemplo de Elias que também era homem de Deus, teve um momento difícil em seu ministério, mas não deixou de ser um exemplo a ser seguido para aqueles que desejam ser qualificados como homens de Deus. A vida do profeta Elias girou em torno do conflito entre a religião do Senhor e a religião de Baal. Sua missão era levar os israelitas a reconhecerem sua apostasia e reconduzi-los à fidelidade ao Deus de Israel.
4 – Uma das características do verdadeiro homem de Deus, é que ele é compromissado com as verdades de Deus e fiel a sua palavra, homem de Deus fala a verdade, não tem a pretensão de agradar os ouvintes, mas sim aquele que o alistou para a obra do ministério (At 4.19-20) e não cede a tentação de pregar uma mensagem que seja agradável aos ouvidos do plenário e principalmente da liderança da Igreja que está ministrando, com a intenção de receber um grande cachê, não se embaraça (2Tm 3-4). Vemos um exemplo deste compromisso com a verdade na vida do profeta Elias. Outra qualidade importante que destaco é de não aceitar bajulação, quantos obreiros com carreira promissora na obra de Deus tem sucumbido por que caíram na graça do povo de tal maneira que se envaideceram em seus conhecimentos e posição alcançada, pois com tal atitude perde-se a prerrogativa de homem de Deus e passa a ser homem do povo; quantos pregadores e pastores não encontramos em nosso Brasil com esta prerrogativa de homem do povo , quando chega a este estado o homem não consegue mais ouvir a voz de Deus o que importa para tais é o que o povo diz, ou o que a mídia fala dele, tenhamos cuidado isto é uma miséria.
5 – Homem de Deus, Obreiro, Homem de Deus. Vale apena salientar que, para ser homem de Deus não necessariamente precisa ser obreiro, pastor, presbítero. Esta prerrogativa não é adquirida através de consagrações ministeriais ou por meio de convenções (não tenho nada contra estes órgãos, pois, pertenço a uma igreja que é ligada a uma convenção estadual e também a CGADB), mas sim de uma vida consagrada a Deus e compromissada com sua soberana vontade. Existem muitos obreiros que não são homens de Deus, mas também existem muitos homens de Deus que não são obreiros (também existe o inverso). A causa desta divergência é a busca desenfreada por parte de alguns em ser reconhecido, a busca por poder aqui na Terra. Precisamos sim ser reconhecidos pela liderança da Igreja aqui neste mundo, mas existem homens que fazem de tudo para ter uma credencial de obreiro, mesmo não tendo chamada para exercer o ministério (até pagam por isso não importa o preço) sem falar naqueles que vendem até a Igreja só para ter uma posição privilegiada entre os poderosos deste mundo. Não posso deixar de lembrar que em nosso país existem também muitos obreiros que são verdadeiros homens de Deus. Estão compromissados em ensinar e pregar o verdadeiro evangelho de Cristo.
6 – Compromisso do homem de Deus. É honrar com sua vida maneira de viver quem o honrou chamando para o ministério. Há obreiros que foram honrados pelo Senhor, foram escolhidos para pregar sua santa palavra, mas desonram a Deus pregando um evangelho distorcido e descompromissado da salvação. Temos vistos muitos pregadores com o título de homens de Deus, mas, suas atitudes os reprovam, pois vivem a enganar os ouvintes com suas pregações que mais parecem shows e em nada edifica aqueles que o ouvem. Fomos chamados por Deus para pregar a Palavra, não fórmulas para obter sucesso aqui neste mundo, por isso existem muitos obreiros e igrejas desfrutando de uma falsa espiritualidade vivem de aparência. Mas, não aprendemos assim, temos que andar como é digno da vocação que fomos chamados. Seguir o exemplo de Paulo que tinha a responsabilidade de ensinar a palavra de Cristo aos fiéis, assim como Paulo e outros que não precisa aqui citar vamos pregar o Evangelho de Cristo, que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16).
CONCLUSÃO
O objetivo principal da vida do cristão é agradar a Deus honrando-o com nossa vida assim como ele honra a todos quanto chama para exercer o ministério em sua casa.
Não esqueçamos, ninguém toma para si essa honra, senão o que é chamado por Deus como Arão.
Meditamos no que Pulo escreveu a seu fiel obreiro Timóteo: Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra. (2Tm 3.16-17)
Deus abençoe a todos.
Sola Scriptura, Soli Deo Gloria, Solus Chritus.
Uilson Camilo
Fonte consultada:
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.