domingo, 11 de outubro de 2009

HISTÓRIA DA VIDA DE JOHN BUNYAN



História da vida e perseguições de John    Bunyan



Este grande puritano nasceu no mesmo ano que os Padres Peregrinos desembarcaram em Plymuth. Seu lar foi Elstow, perto de Bedford, na Inglaterra. Seu pai era latoeiro, e ele aprendeu o mesmo ofício; era um rapaz vivaz e agradável, com um aspecto serio e quase mórbido em sua natureza. Todo ao longo de sua primeira idade adulta esteve arrependendo-se dos vícios de sua juventude, e isso embora nunca tivesse sido bêbado ou imoral. As ações particulares que angustiavam sua consciência foram a dança, tocar os sinos na igreja, e brincar de tip-cat, um jogo de jardim. Foi numa ocasião, enquanto jogava a isso, que "uma voz acudiu repentinamente do céu a minha alma, que disse: 'Deixarás teus pecados e iras ao céu, ou manterás teus pecados e irás ao inferno?' ". Foi por volta deste tempo que ouviu falar a três ou quatro pobres mulheres em Bedford enquanto tomavam sol na porta. "Sua conversação era acerca do novo nascimento, da obra de Deus nos corações. Estavam muito além de minha capacidade".
Em sua juventude foi membro do exército parlamentário durante um ano. A morte de um camarada perto dele aprofundou sua tendência aos pensamentos sérios, e houve épocas nas que parecia quase louco em seu zelo e penitencia. Durante um tempo esteve totalmente seguro de ter cometido o pecado imperdoável contra o Espírito Santo. Enquanto era jovem casou com uma boa mulher que lhe comprou vários livros piedosos que leu com assiduidade, confirmando assim seu fervor e aumentando sua inclinação às controvérsias religiosas.
Sua consciência foi mais acordada pela perseguição do grupo religioso dos batistas, aos que se havia unido. Antes da idade de trinta anos tinha-se convertido num predicador batista destacado.
Então lhe chegou o turno de ser perseguido. Foi arrestado por predicar sem licencia. "Antes de ir ante o juiz, roguei a Deus que se fizesse Sua vontade; porque não deixava de ter esperanças de que meu encarceramento pudesse resultar num despertamento dos santos da região. Somente nisto encomendei a questão a Deus, e verdadeiramente quando voltei me encontrei docemente com meu Deus na prisão".
Padeceu verdadeiras penalidades, devido ao mísero estado dos cárceres daqueles tempos. A este encerro se agregou a dor pessoal de estar afastado de sua segunda jovem esposa, e de quatro filhos pequenos, e particularmente de sua filinha cega. Enquanto estava no cárcere se recreou com os dois livros que tinha levado consigo: a Bíblia e o "Livro dos Mártires" de Fox .
Embora escreveu alguns de seus primeiros livros durante este longo encarceramento, não foi senão durante seu segundo encarceramento, mais breve, três anos depois do primeiro, que redigiu seu imortal "Progresso do Peregrino", que foi publicado três anos depois. Num tratado anterior tinha pensado brevemente na similitude entre a vida humana e uma peregrinação, e agora desenvolveu este tema em fascinante detalhe, empregando as cenas rurais de Inglaterra como fundo, a esplêndida cidade de Londres para a Feria das Vaidades, e os santos e vilões que conhecia pessoalmente para descrever os bem desenhados caracteres de sua alegoria.
O "Progresso do Peregrino" é verdadeiramente o relato das próprias experiências espirituais de Bunyan. Ele mesmo tinha sido o "homem coberto de andrajos, de pé, e com as costas voltadas para a sua habitação, tendo sobre os ombros uma pesada carga e nas mãos um livro". Depois de perceber que Cristo era sua justiça e de que isso não dependia "do bom estado de seu coração" ou, como diríamos nós, de seus sentimentos, "agora caíram certamente os ferrolhos de minhas pernas". Seus tinham sido o Castelo da Dúvida e o Pântano do Desespero, com muita parte do Vale da Humilhação e da Sombra da Morte. Porém, por acima de tudo, é um livro de vitória. Uma vez, saindo da porta da sala do tribunal onde tinha sido derrotado, escreveu: "Enquanto saia da porta, teve grande gozo de dizê-lhes que levava comigo a paz de Deus". Em sua visão estava sempre a Cidade Celestial com todos os sinos repicando. Tinha combatido constantemente contra Apolião, e amiúde ferido, envergonhado e caindo, mas no final, "mais que vencedor por meio dAquele que nos amou".
Seu livro foi a princípio recebido com muitas críticas por parte de seus amigos Puritanos, que viram nele somente um agregado à literatura mundana de seus tempos; porém então os Puritanos não tinham demasiadas coisas para ler, e não se passou muito tempo antes que fosse devotamente colocado junto a suas Bíblias e lido com gozo a proveito. Passaram talvez dois séculos antes de que literários começaram a perceber que esta história, tão cheia de realidade humana e de interesse, e tão maravilhosamente modelada sobre o inglês de tradução autorizada da Bíblia, constitui uma das glórias da literatura inglesa. Em seus anos tardios escreveu várias outras alegorias, de uma das quais "A Guerra Santa", foi dito que se o "Progresso do Peregrino" não tivesse sido nunca escrito, seria considerado como a melhor alegoria da língua inglesa.
Durante os últimos anos de sua vida, Bunyan ficou no venerado pastor e predicador locar. Também era um orador favorito nos púlpitos inconformados de Londres. Chegou a ser um líder e mestre tão a escala nacional, que freqüentemente era chamado o "Bispo Bunyan".
Nem útil e desprendido de sua vida pessoal, seu caráter era apostólico. Sua última doença foi devida aos embates de uma tempestade durante uma viagem na que tratava de reconciliar um pai com seu filho. Seu final chegou o 3 de agosto de 1688. foi sepultado em Bunhill Fields, o pátio de uma igreja de Londres.
Não há dúvidas acerca de que o "Progresso do Peregrino" tem sido mais útil que qualquer outro livro fora da Bíblia. Foi oportuno, porque continuavam queimando mártires na Feria das Vaidades enquanto ele estava escrevendo. É um livro duradouro, porque enquanto diz pouco de viver a vida cristã na família e na comunidade, sim interpreta a vida até ali onde é da alma individual, numa linguagem simples. Bunyan desde logo "mostrou como reconstruir um trono principesco sobre a humilde verdade". Ele tem sido para muitos seu mesmíssimo Bom Coração, o valoroso guia de peregrinos.




Fonte: O livro dos Mártires ( John Fox - CPAD


2 comentários:

  1. Caro Pb. Uilson Camilo;
    Graça e Paz;
    Parabéns pela Biografia deste grande precussor da fé cristã, Bunyan foi um exemplo de dedicação e apreço pela palavra do Senhor... Que o Eterno nos impulsione assim como fez com Bunyan...

    Um grande abraço;

    seu conservo;

    Ev. Anderson Araújo.

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  2. Meu Irmão e Amigo Ev Anderson,
    Graça e Paz!

    Deus te abençoe pela visita e comentário, com certeza nossa oração é para que o Senhor continue impulsionando vidas para fazer a diferença nesta geração como Bunyan e outros heróis da fé.


    Uilson Camilo.

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